Estudante expulsa de cursinho por trabalhar em escola concorrente será indenizada
A aluna foi acusada pela escola de ser uma espiã.
Fonte: Migalhas
O centro de treinamento para concursos Pleno, localizado em Belo Horizonte/MG, deverá indenizar uma estudante que foi retirada da sala de aula de forma indevida, acusada de ser uma espiã de escola concorrente. Decisão é da 11ª câmara Cível do TJ/MG, que negou provimento ao apelo da instituição.
A aluna trabalhava em outro cursinho especializado em concursos públicos, e se matriculou no Pleno para uma preparação para a seleção da Guarda Municipal. Quando estava na sala, assistindo à aula, um funcionário a chamou e, após algum tempo, seus pertences foram levados embora por outro empregado da empresa.
A mulher afirmou que, além de ter sido maltratada pelos funcionários, foi acusada de atuar como espiã para seus empregadores e se viu impedida de continuar a frequentar a turma. A mulher alegou que isso provocou constrangimento e abalou sua honra, pois todos os que estavam na classe estranharam o fato e ela foi motivo de chacota por parte de colegas e professores.
O cursinho, em sua defesa, argumentou que a estudante foi convidada a deixar a sala educadamente, pois estava com o uniforme e apostilas com logomarca da concorrente. De acordo com a empresa, a aluna foi apenas aconselhada a não continuar frequentando aquela instituição de ensino. A tese, porém, não foi aceita pelo juízo de 1ª instância.
Para o relator do processo no TJ/MG, o desembargador Alberto Diniz Júnior, o comportamento dos representantes do cursinho ofendeu a honra da estudante.
"O constrangimento sofrido pelo aluno nas dependências do estabelecimento enseja dano moral, passível de ressarcimento."
Foi fixada indenização de R$ 2 mil a título de danos morais e a restituição do valor do curso.
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Processo: 1.0024.10.151279-6/001
Confira a decisão.
8 Comentários
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Situação estranha. Ou a empresa onde ela trabalhava não estava disponibilizando turmas preparatórias para este concurso ou era tão ruim que ela preferiu ir para a concorrente. Vá saber? continuar lendo
Talvez ela quisesse passar em concurso público e não quisesse que os empregadores soubessem disso. Infelizmente, ainda é mal vista essa conduta por muitos empregadores. continuar lendo
Estudar para um concurso implica em uma iminente demissão do seu local atual de trabalho, caso aprovado. É mais que compreensível ela buscar outro lugar, por medo de ser demitida caso fizesse o cursinho no próprio local de trabalho.
Agora, que atitude estúpida dessa Pleno! seria excelente publicidade aprovar funcionário do concorrente. Deveriam agradecê-la por estar estudando ali.
Espião qualquer um pode ser. Espiões não usam uniforme do adversário. continuar lendo
Ah fala sério gente!
Eu já trabalhei em escola destes tipos de cursos e sei bem como funciona. É prática comum a "espionagem", todos fazem.
É comum para atestar a qualidade, preço, como vendem, etc.
Se quisesse mesmo estudar poderia ter ido "a paisana" e não uniformizada com a marca da concorrente , tenhamos o mínimo de coerência.
Bom pelo menos ganhou um dinheiro a mais de comissão, ops, quer dizer indenização. continuar lendo
R$2 mil + ressarcimento do curso? O crime compensou. continuar lendo
Verdade... parece que no Brasil o ilícito sempre compensa... continuar lendo
Há um fato que reforça que aluna não estava lá na condição de espiã, que é o fato dela estar vestida com a camiseta da corrente, a qual ela trabalha, provavelmente deve ser a farda de trabalho. Um "espião" profissional não agiria assim... continuar lendo
Temos de tudo neste País, até isso....acorda....Brasil... continuar lendo